segunda-feira, 28 de março de 2011

é noite, todas as luzes da cidade estão acessas, pessoas passam com um ar divertido, distraido. você está parado em meio a multidão, só observando, como um narrador observa a cena de uma história. você não sabe o que todas essas pessoas estão pensando, o que estão sentindo, pra onde estão indo, o que vão fazer. mas de duas coisas você temcerteza sobre todas elas, um dia elas vão encontrar o fim e todas elas carregam alguém no coração, por mais que queiram esconder e mentira pra si mesmas. você não vê diferença entre as pessoas, são todas pessoas, e você é uma delas também. é como se nada importasse ou fizesse sentido. tudo importa, tudo faz algum sentido, ao menos uma hora. é noite, as luzes da cidade se apagam, não se enxerga nada, mas as pessoas ainda estão lá. você não as enxerga, mas você as sente, isso é o suficiente, cada uma tem seu calor, seu cheiro, sua aura. Apesar de todas serem diferentes, todas parecem iguais e você também. Até que você começa a caminhar, o vento no seu rosto, andando as cegas. É quando você esbarra em alguém que nem tinha percebido que estava parado em sua frente o tempo todo, quando o encontrão acontece você sente que essa pessoa é diferente de todas as outras, ela brilha, o coração dela pulsa diferente, o cheiro dela é indescritivel. Você vai cair no chão, ele lhe segura e aí que você vê o quão única é essa pessoa, o quão único é o que você sente por ela, não se precisa de luz, mas você sabe, é aquela pessoa. As luzes acendem, ele se parece com qualquer outro, comum. Mas você sabe, é ele. Talvez voc~e nunca o veja de novo, mas ele vai estar sempre com você.

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