terça-feira, 29 de setembro de 2009

não se deixe levar pela morte

Capítulo 6

Ele me olhou de um jeito extremamente apaixonado, seus olhos cinzentos brilhavam como nunca antes o haviam feito. Uma de suas mãos estava na minha e a outra em meu pescoço. Eu estava completamente presa, mas não era pelas mãos de Drake, pois elas não me seguravam com força; eu estava presa ao chão, presa nos olhos dele, presa naquele momento perfeito, sim, era perfeito, pois a música que ironicamente tocava era A Little Piece of Heaven. E mesmo que ninguém soubesse, Drake era meu pequeno pedaço do paraíso.
- Annie, eu - Drake começou a falar timidamente, ele estava... tremendo? Não acredito que eu vi uma lágrima escapar de seu rosto. Eu nunca o tinha visto assim, ele era sempre tão cheio de si, tão confiante.
- Drake? - minha voz estava embriagada de emoção e expectativa, ela mal saiu. Por mais que eu soubesse que isso iria acontecer, ainda sim estava ansiosa.
- Eu sempre quis lhe dizer isso. - sua voz também estava falha - mas nunca tive coragem para tanto. E-eu, eu, bem, eu te amo, Annie.
Sem hesitar, somente curtindo a perfeição do momento que tanto esperei, olhando em seus olhos e absorta no que ele acabou de falar, eu o beijo como nunca antes havia beijado alguém,do jeito mais doce, leve e apaixonado. Os lábios de Drake eram leves e macios, seu hálito era quente porém fresco, com um leve gosto de menta. Se aquilo não era um beijo apaixonado, eu não sei o que é. Eu estava com uma das mãos em seu cabelo e a outra em seu pescoço., uma das mãos de Drake estava em minha cintura e a outra na minha nuca. O beijo acabou assim que M. Shadows cantou as últimas palavras da música, "Cause everybody gotta die sometime yeah, but baby don't cry..."
Uma lágrima rolou de nossos rosto, sorrimos e era óbvio que aquela seria a nossa música.

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Buh inspirou esse capítulo em duas pessoas, que mesmo não conhecendo muito bem, nem vendo-as, gosta demais delas.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

não se deixe levar pela morte

Capítulo 5

São 18:13, estou acabando meu expresso duplo e nada do Drake, ele não é de se atrasar, definitivamente. Me parece que hoje as coisas estão bem fora do normal; sonhos bizarros, aluno novo estranho. Camille indo para casa sem mim, Drake precisando de ajuda em matemática e se atrasando. É as coisas estão completamente fora do normal.
Meus cabelos negros estavam mais lisos que o normal, mas não de um jeito escorrido, minha franja está como eu gosto, meus olhos azuis tinham um brilho diferentes e faziam um belo contraste com a maquiagem preta e por mais simples que eu estivesse, all star, calça skynni e blusa, eu me sentia bonita. E algo me deixa nervosa.
- Oi, Annie - diz Drake dando aquele sorriso que tanto amo - er, foi mal pelo atraso, é que tive alguns problemas...
Estou completamente pasma. Ele está lindo, muito lindo, calça jeans all star, camiseta de banda e bandana, simples, mas tem algo diferente.
- Er, sem problemas Drake, trouxe as coisas?
- Claro, podemos começar.
Ficamos uma hora e meia estudando e tomando café na mesa mais afastada, conversando e rindo, como sempre fazemos.
- Hey, Annie quer dar uma volta na praça? - Drake me convida assim que terminamos tudo - se você não tiver que ir pra casa, claro - ele fica sem jeito e um pouco corado, porém dá meu sorriso doce preferido.
- Não tenho hora pra voltar hoje, Drake - digo descontraidamente mas no fundo fico feliz por receber o convite - Claro, vamos!
Ficamos caminhando durante um tempo e compramos algodão doce. Ele está tão diferente hoje, como se estivesse planejando algo grande, mas ao mesmo tempo ele está normal, me parece que ele disfarça bem seus planos/sentimentos importantes. Andamos até o lago onde tocava algumas músicas. Até que o clima mudou... Drake parou de súbito e se virou para mim.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

não se deixe levar pela morte

Capítulo 4

Física, odeio física, minha sorte é que Drake faz essa aula comigo. Camille seguiu com Cristian para a aula de Inglês, fiquei preocupada com isso pois esse tal Cristian Blum demonstrou interesse extra em minha melhor amiga, tenho de ficar de olho e o pior é que Camille mostrou-se interessada também e isso é um mal sinal, conhecendo bem ela.
Só mais dois períodos e estou liberada, reunião, a aula acabará mais cedo hoje pra minha sorte, ou não. Eu gostaria de investigar esse Cristian mais de perto... Vou usar o tempo que resta dos periodos para pensar mais em meu sonho e me perder em devaneios sobre Drake. Mas o que aconteçeu me tirou da minha linha de pensamentos.
-Hey Annie - ouço Drake dizer baixinho - você pode me ajudar com o dever de matemática hoje?
- Claro, - respondo surpresa - na minha ou na sua casa?
- Er... - ele começa meio constrangido - será que não podia ser naquele café perto da praça? É que estou com certos problemas...
- Claro, sem problemas. - falo rapidamente - Às 6 está bom?
- Ótimo. Obrigado, estou realmente ruim nessa matéria.
Assinto com a cabeça, de primeira não tinha achado nada estranho nisso, ele só quer ajuda com o dever, mas espera ai, ele é ótimo em matemática e por que justo naquele café? Tem algo ai... mas fui interrompida pelo sinal da saída.

Procuro Camille em todo lugar, ela sumiu, não estava em seu armário, que é do lado do meu, como todos os dias. Isso me deixa bastante alarmada, eu sabia que aquele Cris era suspeita e ela age de um jeito em estranho com relação a ele. Quando menos espero, recebo uma mensagem.
" Annie, não se preocupe, já estou em casa. Cris me levou até aqui. Beijos, Camille"
Fico aliviada, mas vou ligar pra casa dela depois, só pra garantir.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

não se deixe levar pela morte

Capítulo 3

A caminho da cantina Drake estava com os olhos baixos e calado, enquanto Camille não parava de falar sobre Critian, mas eu estava absorta demais em meus pensamentos para prestar atenção nela.
Aquele sonho foi estranho... Porque ele largou Camille? De onde Drake surgiu? Porque ele iria matar Drake em vez de... só se ele soubesse meu segredo, mas nem mesmo Camille sabe. Por que estávamos em uma campina numa noite chuvosa? Quem era esse tal de Erick? Como eu cederia aos encantos de um garoto? O que eu havia feito para ele? Porque eu teria de pagar? Porque Drake, não eu? E mis um milhão de perguntas sem respostas vinham a tona em minha cabeça, mas a mais importante era como um garoto exatamente igual ao que Erick citou aparece em minha aula de literatura?
- Ok Annie, - disse Camille com um tom sério que me tirou de meus devaneios - agora você vai falar de seu sonho.
- Sonho? - Drake pergunta curioso e preocupado - Aquele escândalo da aula de literatura?
- Sim, Drake - eu respondo com uma voz dura, porém carinhosa - o escândalo da aula de literatura.
Eu os conto meu sonho em todos os detalhes, eles escutam ansiosos e curiosos. Drake estava relaxado, porém Camille se mostrou tensa e preocupada.
- Annie, isso é realmente estranho, tudo bem, foi apenas um sonho mas talvez queira dizer algo. - diz Camille com uma expressão séria e uma mecha do cabelo caída em seu rosto - A maior parte, se não todo, sonho foi confuso, mas aquele garoto em que Erick falou é igual ao gato do Blum! Exatamente igual. Pode significar alguma coisa, não?
- Mas Camille, as chances de ser verdade são remotas - retruco incrédula - você sabe que é quase impossível e talvez seja só coincidencia.
- Garotas, relaxem. O Cris é legal, é coincidencia e puta paranoia de suas cabeças - Drake fala com um sorriso doce.
Droga, ele sempre consegue me fazer parar com aquele sorriso, mas ele está certo, não tem como, só fiquei assustada e talvez uma parte de mim estava desperta, viu a imagem e a colocou no sonho.
- Oi, pessoal - Cristian diz timidamente - posso me sentar? O resto das mesas estão cheias...
- Err... - eu e Camille nos entre olhamos meio exitantes. Nem ouvi ele se aproximar, estava tão desligada prestando atenção nos olhos de Drake que Cristian me passou despercebido.
- Claro, Cris! - diz Drake animado - Junte-se a nós, será uma ótima companhia.
Cristian Blum senta-se ao lado de Drake, na frente de Camille. Um silêncio constrangedor toma conta de nossa mesa nos dois minutos que se seguiram, não estávamos acostumados a um grupo de quatro pessoas, sempre foi só nós três. Mas esse garoto me intriga.
- Então Cris, o que lhe fez vir para Seattle? - pergunto com uma curiosidade educada - Poxa, você deixou Los Angeles para vir para cá...
- Bem, eu nunca fico mais de quatro meses na mesma cidade, meus pais estão sempre viajando, então tenho de ir com eles - ele responde com um sorriso encantador. Apesar de tudo, ele é bastante bonito.
Nesse exato momento bate o sinal para a aula de física do sr. Gregory.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

não se deixe levar pela morte

Capitulo 2

Toda sala me olha apavorada, srta. Keeper me reprova com um olhar zangado, enquanto Drake e Camille me lançam olhares preocupados. Droga, eu dormi e acordei gritando, ótimo!
- Annie, porque você acordou gritando? Com o que você sonhou? - pergunta Camile aos sussurros, mas preocupadamente - Você não costuma dormir em aula, principalmente em literatura.
- Não foi nada Camille, não foi nada.
- Foi sim e eu quero detalhes, na cantina você vai me contar.
- Srta. Vans, quer fazer o favor de calar a boca e sentar direito? - fala a srta. Keeper rispidamente - E agora que está devidamente acordada e parou de gritas, srta. Avery, quer fechar essa matraca e prestar atenção aqui na frente?
Foi só ai que me dei conta de que tinha uma pessoa parada alí na frente com um bilhete na mão, completamente sem expressão, ao menos, para o que acabou de presenciar, mas com um rosto doce, um aluno novo. Ai, não pode ser, droga, o garoto tinha cabelos loiros arrepiados e olhos negros como a morte, porém encantadores e uma pele extremamente pálida, ele era exatamente igual ao Erick... mas o Erick que me levou a emboscada do meu sonho, fico completamente apavorada. Mas não pode ser, seria muita coincidência... ou não.
- Turma, este é o sr. Blum, Cristian Blum. Ele veio de uma escola de São Paulo para se juntar a nós. - anuncia a srta. Keeper - Então o recebam como ele merece, e não como se fossem um bando de loucos.
Cristian Blum passou os olhos rapidamente pela sala, mas parou os olhos dois segundos a mais em Camille e depois se dirigiu para a carteira livre no meio da sala, ao lado de Drake.
Tá, isso foi mega estranho, ele é igual ao Erick, e pousou os olhos em Camille. Mas não pode ser, o nome nem o lugar de onde ele veio bate com os de Erick, foi só uma coincidência, mas uma estranha coincidência.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

não se deixe levar pela morte

Capítulo 1

-Não! - eu grito completamente apavorada - não faça isso com ela, por favor - imploro a ele, sentindo um medo que nunca havia sentido - ela não fez nada a você! A culpada sou eu, você sabe disso.
Ele reluta durante uns minutos antes de largar na grama molhada a garota de cabelos longos e ruivos com as pontas cacheadas, seus olhos amendoados cheios de pavor. Fico um tempo completamente sem reação. Nossa, não pensei que ele desistiria tão fácil, nem mesmo pensei que ele desistiria, então um enorme onda de alívio toma conta de mim. Mas me precipitei. Não sei como, nem de onde, aquele garoto lindo; de cabelos pretos, com a franja de lado deixando somente um de seus brilhantes olhos cinzas a mostra; surgiu ali, justo aquele garoto, será que minha melhor amiga não era o suficiente? Não, mas ele tinha que pegar mais alguém, mas porque aquele garoto? Sou atingida por uma forte pontada no peito, perco a respiração. Droga, volte a falar, você precisa implorar a ele, reverter a situação.
- Drake! - grito melosamente com os olhos cheios de lágrimas - Droga, por que você pegou justo ele? Hein, Erick?! Por que o Drake? Ele também é inocente, assim como Camille! Você sabe disso Erick! Solte-o, por favor. - eu já estava com a visão completamente turva por causa das lágrimas, de joelhos na grama, mal achando forças para falar, quem dirá me levantar.
- Minha pobre e pequena Annie, você sabe muito bem que me deve e irá pagar, pensei que fosse mais esperta do que se deixar levar por um simples garoto loiro de cabelos arrepiados e olhos negros como a morte, porém encantadores, pensei que não daria certo, mas deu, sua bobinha. Você me deve e irá me pagar, com morte, ou algo pior, do seu querido amigo Drake. - quando terminou de falar suas frias palavras, Erick pega uma foice e aponta para o peito de Drake.
- Não, Erick, por favor. Você sabe que sou eu quem tem que morrer, então me deixe...
- Você sabe como tem que ser - dito isso ele crava a foice no peito de Drake e o corta completamente...

De súbito acordo gritando na aula de literatura da Srta. Keeper.



Bem, vou postar só o primeiro capítulo, como amostra. Se gostarem, continuarei postando, se não, não o farei.
O titulo da história é provisório, posso mudá-lo. E não tenho previsão para postar o segundo, apesar de já tê-lo escrito.